Sejam bem vindos a mais um lar de amigos. Hoje falaremos sobre a questão de resgate. Resgate de cascos naufragados e para isso, vou contar com o nosso amigo aqui, Flávio Alcântara, que é o grande resgatador dos barcos que cometeram algum tipo de excesso Flávio. Tem condição de você falar um pouquinho para a … Continued
MAR DE AMIGOS – ESCOLA DE VELA AJUDANDO A FORMAÇÃO DO CIDADÃO – 23/05/2024
Eu me chamo Cíntia. Sou Cíntia Knot. Eu sou a velejadora. Comecei a velejar com dez anos de idade, no Optimist, que é o barco que criança normalmente aprende a velejar. Velejei durante muitos anos em diversas classes. Eu passei a velejar e veleiros oceânicos. Depois de um ano de surf e finalmente cheguei à classe 470 porque eu queria participar dos Jogos Olímpicos.
Eu participei de Jogos Olímpicos de Seul e na sequência eu montei uma empresa para dar aula de vela junto com o meu sócio, o Lula Luiz Evangelista, que também era velejador de Optimist da mesma época que eu. E aí nós começamos esse projeto para colocar pessoas navegando com segurança no mar. Começamos com o Optimist também, que foi o ano da forma que nós começamos ensinando crianças a velejar.
Depois, a sequência foi a gente começar a ensinar os pais a velejar. Então a gente começou a entrar primeiro com laser. Começamos a dar aula de para os adultos e aí a gente foi criando uma família de velejadores e essa família foi se expandindo e à medida que ela ia se expandindo, ela também ia alimentando o mercado náutico e que as pessoas compravam veleiros, compravam lanchas, compravam botes para poder acompanhar os filhos nas regatas.
Enfim, é uma grande família náutica.
Eu vou te contar uma, mas é de perrengue. Nós saímos de Búzios em direção à Vitória, que foi a primeira etapa de Búzios em direção a vitória e a gente tinha abasteceu cedo o barco condição em Búzios e o diesel estava batizado. Então, quando o vento foi diminuindo, a gente já um terço do caminho para a vitória, a gente resolveu dar uma ligada no motor.
O motor pegou de primeira, Andamos A10510 minutos. Aí ponto. Parou e ligamos novamente. Ele funcionou mais uns dois minutos, parou de novo e aí ficamos sem motor e a gente sabia que a entrada para você chegar no Iate Clube ali do Espírito Santo, em Vitória era bem apertadinha. Um lado era mais raso e tal, então era legal a gente estar com o motor funcionando ali.
A gente resolveu fazer contato com as rádios que a gente tinha em terra e um dos contatos foi com a Rádio Teixeira de Freitas e a Rádio Teixeira de Freitas entrou em contato com um navio da Marinha e esse navio da Marinha era um navio de hidrografia e eles resolveram vir socorrer a gente, já que nós não precisávamos de socorro.
Nós queríamos simplesmente e a gente que alguém recebesse a gente ali 100, 200 metros antes do do Clube do Espírito Santo e ajudasse a gente a chegar numa bóia Mais ou menos uns 20, 30 minutos se passaram e chega aquele navio da Marinha de Hidrografia e todos tripulantes uniformizados em cima. Aí o comandante passa um rádio pra gente.
A pergunta tá todo mundo veio a bordo Vocês estão precisando de alimentos? Vocês precisam de água? O que vocês estão precisando? Daí nós nos encolhemos, porque na verdade, nós não queremos nada. Na verdade, era só um reboque nos últimos 200 metros. E quanta gente! Bom, nós saímos de Vitória a noite. Um dia aqui ventava bastante. O Nordeste venceu por nós mais ou menos e sempre na sexta feira, em Vitória, o clube lá tem uma feijoada, que é assim, uma feijoada que arrebenta.
E um casal de alunos resolveu querer participar da feijoada antes da velejada. E aí fizeram aquele prato assim cheio, eu falando assim olha, não comam muito porque a gente vai pegar um mar mais mexido, está ventando, mas não teve jeito de fizeram dois pratos. Eu falei por favor, não beba muito caipirinha de sobremesa, né? Enfim, saímos umas dez e pouco da noite com Abrolhos.
Navegamos quase 24 horas, umas 20 horas mais ou menos, e a moça que tinha se alimentado muito bem, passou muito mal. E depois dessas 20 horas velejando contra a direção do vento, a gente resolveu voltar para trás. E voltamos até um pouco antes Vitória, num local chamado Barra do Riacho. Quando a gente entrou, a barra do Riacho era tudo paradinho, porque o porto da Aracruz Celulose e ali você tem os navios carregando madeira.
Enfim, resumindo, desembarcamos o casal em Barra do Riacho e seguimos novamente para Abrolhos. Bento acabou no meio do caminho. Fomos ligar o motor e quem disse que o motor pegava? Pegou a mesma coisa, pegou e depois morreu de novo. E aí a gente foi resolver, tentar descobrir o que era. O Lula, meu sócio, resolveu ir verificar o tanque de combustível para ver se ele estava meio fechado ou alguma coisa assim ou estava tudo normal.
Eu do outro lado, onde você tinha o motor e aí o Lula que está chegando ali agora, ele falou assim Cíntia, eu vou assoprar a Mangueira aqui pra você ver se vai sair disso aí e chegar no meu sócio aqui. Vamos lá. Luiz Evangelista Estou contando a história do diesel lá de quando ele saiu de Vitória. Depois ele resolveu assoprar a mangueira para ver se ia sair o diesel do meu lado.
E eu falei Lula, nada. Aí ele resolveu puxar a mangueira. Quando ele puxou a mangueira, ele continuou a contar a história. Simplesmente engoliu o diesel. Mas dizia Tupi, dá cá a conexão E voltou a funcionar. Sabe, isso daí são diversas histórias, nós temos aquilo dali. Foi até interessante que nós estávamos também com um ou dois alunos e ali, essa hora a gente já estava com o que a gente tinha desembarcado dois em Barra do Riacho.
E foi aquela história, né? Quem não tem história boa não vai pra frente, tem que ver. Mas foi bem, foi bem interessante. E a última eu não sei como é que a gente chama de tempo não, mas eu me lembro que quando acho que foi nessa mesma data, quando nós chegamos em Abrolhos, tinha um barco de pescador. Aí foi isso.
É verdade, eu falei assim Pô, vem cá, você tem algum peixe aí pra vender, sabe? Aí ele mostrou um peixão pra gente boa pegar, ok? Tá legal. Qual o valor do peixe? Daí ele falou assim Quero que vocês tem aí eu tô crente que pode ser uma quantia, não sei, 100 R$, 200. Aí ele chegou e falou assim Olha o preço desse peixe é um detergente, vocês tem.
Quer dizer, o conceito de moeda no meio do oceano e outro e outro, um detergente para ele era muito mais importante naquele momento para limpar a embarcação, a embarcação dele, do que 100 R$ que ele não ia conseguir comprar nada por 100 R$ no meio do oceano. Então são várias histórias assim, cara, super super interessantes.
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Boa tarde pessoal, Sou Gustavo Nascimento, sou instrutor e coordenador aqui na série Vela, nossa escola de vela que é tradicional no Rio de Janeiro. Mais de 30 anos de história. A gente sempre fica muito animado, muito feliz de apresentar o esporte da vela para as pessoas que vem aqui. Então tem muitos curiosos, tem pessoas que nunca pelejaram e o intuito da atividade é justamente isso.
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Pra galera que já velejou tem um tempo ou que veleja e veio com algum amigo que nunca velejou pra família, que nunca teve contato com esse mundo náutico ou até mesmo o mundo da vela tem muita gente que já andou de lancha, mas nunca andou de barco a vela. Então, pra esse público a gente tem essa atividade maravilhosa que consiste basicamente na pessoa interessada de qualquer idade, tanto criança como os adultos, até mesmo idosos, que é muito legal de ver.
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Eles vão com os instrutores dentro do barco, a gente tem um bate papo, apresenta o esporte, Muitos deles aí já conseguem te molhar um pouco, controlar a vela e ficam muito animados. Então é uma experiência que abre portas pra muitas outras futuras experiências. E aí o passeio consiste em aproximadamente uns dez minutinhos, sempre com muita segurança, o colete salva vidas e a gente vê um feedback muito positivo, porque é uma atividade muito democrática dentro do show.
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Aqui todo mundo pode fazer, não importa a idade, não importa se é só uma curiosidade mesmo ou se quer investir algum curso. E como velejador também, além de instrutor, eu fico muito animado de poder ter essa experiência. Já tô há três anos aqui trabalhando especificamente na atividade da primeira velejada da galera e é um prazer sempre. A hora passa voando aqui e no final da velejada a gente entrega um certificado também pro pessoal, Então fica uma lembrança mais física, digamos assim.
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E a gente vai criando laços a partir do esporte, a partir desse mundo náutico, que é muito legal. Assim, acho que tem sido um pouco mais difundido ao longo dos anos e a gente vê que pelo menos o Boat Show já é um evento muito relevante no Rio de Janeiro e no Brasil, dentro das feiras náuticas. Mas o esporte como um todo da vela, principalmente em anos olímpicos, que é um esporte muito tradicional na Olimpíada.
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Então, em anos olímpicos, a gente tem um pouquinho mais de cobertura da mídia, porque é muito bom que os atletas para as instituições. Agora vamos ter a vela em agosto, agora em Marselha, na França. Então é muito legal poder fazer parte de algo grande, algo maior do que a gente. A gente sabe que isso vai perdurar por gerações, né?
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Geralmente, o mundo náutico envolve muito isso. O pai passando pro filho, a mãe, o avô, avó é um fato muito curioso, pelo menos na nossa escola hoje em dia, que a gente vê muitas crianças iniciando e os pais, eles ficam curiosos para saber e aí acabam iniciando também. E aí acaba criando uma nova relação familiar. Assim, eu com os meus pais, por exemplo, e a partir do momento que eu iniciei no esporte, tinha uma conexão muito legal entre trocar uma ideia no jantar, de viajar pra fazer alguma atividade.
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Então é algo que passa a ser um estilo de vida.
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Pra gente. Meu nome é Nina, gosto pessoal, Eu tenho 20 anos, hoje a gente está aqui no Revolution. Hoje eu estou ajudando aqui e vela. Comecei a velejar. Eu tinha sete ou oito anos de idade, mas por incrível que pareça, desde os quatro, cinco anos eu estava sempre aqui no Revolution, andando na Optimist, mas com o meu pai, porque aí eu ficava andando com ele, chamando as crianças pra velejar também.
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E agora hoje eu estou aqui velejando com alguém. Eu comecei a velejar lá no Clube Naval Charitas, lá em Niterói. O meu primeiro técnico foi o Amadeu. Aí depois eu velejei também, Agora com o meu técnico era o Rodrigo Amado, pelo Clube Naval. Eu fui campeã brasileira em 2018, feminino no Iate Clube da Bahia. Depois disso, eu mudei para o Iate Clube do Rio de Janeiro e atualmente oferece Snap 420 também, que é um barco em dupla.
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Foi uma experiência muito legal porque você está velejando com outra pessoa. Tem que ter aquele feeling de quem está com uma pessoa diferente de você. Então assim, foi muito importante pra mim. No 420 eu fui vice campeã feminina e terceiro geral no Brasileiro em 2000 e e dois, se eu não me engano. E ela também teve dez de naipe com o meu primo e a minha priminha que eu estou trazendo ela para o mundo da vela também é Isadora.
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E eu gosto muito de velejar, que é assim o CL Vela mesmo sempre me ensinou que o importante é você estar na água se divertindo e não só focar nesses resultados e se divertir. Poxa, tem um barquinho aqui, sair pra velejar e é o que eu gosto de fazer hoje em dia. Esse ano, principalmente, eu estou mais focada na minha faculdade, então é velejar pra eu curtir, pra me divertir, desestressar.
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Mas mesmo assim tô numa regata. Eu quero ganhar. Eu tenho o espírito competitivo, ainda está no sangue esse ano, no comecinho do ano, em janeiro, eu participei do Campeonato Mundial de 420 e do sul americano também pode 120. Esse foi um campeonato muito importante e foi legal que fechou um círculo assim na minha trajetória da vela. Então, hoje em dia é só velejar para curtir com a família e aprender sempre.
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Só dá uma cambada, Abaixa a cabeça rapidinho.
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Qualquer. Acho que qualquer velejador tem a vontade de, num futuro velejar, ir para as Olimpíadas, velejar lá fora, o treinamento diferente. Assim. E obviamente eu tenho essa vontade. Mas infelizmente o foco tem que ser outra.
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Quando a gente começa falando das crianças, as crianças, elas ganham muito autonomia, porque criança pra aprender é sempre muito mais fácil. Boa memória, bem livre, né? E ela no mar Ela tem que aprender a se virar sozinha, né? Então acontece de quebrar alguma coisa. Ela tem que dar o seu jeito lá, de consertar aquilo para ao menos conseguir voltar velejando, né?
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E no mar você acaba aprendendo ajudar um ao outro, né? Então vira até um bom trabalho de equipe. Isso mesmo que seja um barco individual, se torna um trabalho de equipe e você acaba contando sempre com muito mais segurança, sabendo que os outros também vão te ajudar. Uma coisa que sempre me marca a respeito disso é o seguinte que nós aqui nós dois somos.
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Somos formados em educação física, adoramos todos os esportes, mas eu acho que a vela tem um diferencial, que é o que o convívio com a natureza é na realidade. Nenhuma velejada, nenhuma é igual a outra está em relação a correnteza, a intensidade do vento varia de intensidade em direção a diversos fatores e a água limpa a água que não esteja assim tão limpa.
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Sol, chuva, frio. E o que é? O que é isso? Isso daí é o que é uma uma variação que acontece todos os dias, não só na velejada, mas nas nossas vidas. Então o que é que acontece? A criança e o adolescente e o adulto na vela começa a ter um poder de adaptação muito maior. E a vida da gente é assim, A vida da gente vai ser a noite prepara toda a sua agenda e no dia seguinte de manhã você tem que se adaptar a vela e isso daí você tem que se adaptar o tempo inteiro.
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Então, para mim, o que eu vejo em relação ao benefício que nós fizemos nesses anos todos é o seguinte acima, acima até de medalhas olímpicas que tem velejadores nossos que conquistaram medalhas internacionais e até olímpicas. Eu acho que o mais importante de tudo é a formação do cidadão.
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