Sejam bem vindos a mais um lar de amigos. Hoje falaremos sobre a questão de resgate. Resgate de cascos naufragados e para isso, vou contar com o nosso amigo aqui, Flávio Alcântara, que é o grande resgatador dos barcos que cometeram algum tipo de excesso Flávio. Tem condição de você falar um pouquinho para a … Continued
MAR DE AMIGOS – RUMO AS OLIMPÍADAS DE PARIS 2024! – 09/05/2024
Conseguimos aqui uma palhinha e uma palhinha. Porque o momento dessa pessoa, que é uma personalidade, uma. E é muito raro, porque o Bruno é um velejador que vai nos representar nas Olimpíadas agora que vai iniciar em julho próximo e o Bruno está aqui para contar um pouco para a gente a história, porque não faz muito, muito a parte de lancha, mas inclusive nós que temos sal na veia.
Então o nosso canal do mar de amigos tem que contemplar todos os segmentos.
E juntar que somos parceiros pela chefe Viriato. Então estamos aqui nesse momento no Boat Show aqui e podemos falar um pouco de vela também.
Claro que o Bruno assim deixa eu entrar um pouquinho mais na particularidade. Aqui é o seguinte. Bom, primeiramente você é uma pessoa que é, reside, treina e faz todo o seu processo profissional e familiar em Florianópolis.
Por isso velejo desde 87.987. Iniciei na famosa Lagoa da Conceição em Floripa.
Você aqui quem.
Conhece Floripa deu um ponto histórico e o ponto turístico é. Entrei para uma tradição dos clubes e acabei frequentava o Lagoa Iate Clube. Minha família não tem tradição alguma na vela, então eu comecei a ir lá em Floripa e moramos numa ilha dali fui velejar na Bahia, Norte, na Bahia. Sou Pé da Ponte, ali na ponte Hercílio Luz e outro ponto turístico nosso.
E aí, com os anos, a estrutura hoje é hoje. Eu treino diariamente lá em Jurerê, no Iate Clube, que fica lá na praia de Jurerê. Então, graças a Deus eu tenho a possibilidade de ter meu escritório na praia e velejar dos locais mais bonitos aí do Brasil.
Bom pessoal, é o seguinte a vela é um esporte e uma atividade que é extremamente prazerosa, saudável e que realmente as pessoas tem muito pouca informação sobre a vela, Então, enfim, eu gostaria que você falasse um pouco para a gente como é que você começou? Porque às vezes, quando faz uma velejo, você já começou velejando. Você deveria ser garoto, né?
E assim como eu, acabei entrando na escolinha com sete anos de idade, a vela ela tem a necessidade. De um clube pra base. Então não é que nem pegar uma prancha e aprender a surfar na praia ou pegar uma bola e jogar futebol na rua, então tem a necessidade da estrutura física. Eu entrei na escola de vela de Lagoa Iate Clube e ali foi a minha primeira formação.
Então tudo começou numa escolinha de vela de um clube que é a necessidade do esporte e depois, com o passar do tempo, foi entrando no meio das competições e desde criança fui competindo e começando a trilhar essa carreira, que no começo era um hobby, era uma brincadeira e com o passar dos anos se tornou minha profissão.
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Speaker 1
Inclusive aqui nós estamos no Bolo Show, na Marina da Glória e temos aqui inclusive alguns bandeirinhas que eu acho que devem até de representar um pouco a data do teu início, que é o São os Optimist, né?
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Speaker 2
Isso aqui na frente é que tem a escola de vela do Iate Clube do Rio de Janeiro, que fica aqui na Urca, outro ponto turístico. Os clubes normalmente são perto desses pontos bonitos, então hoje eles estou ofertando aqui a possibilidade de ter a experiência de velejar. Então, aqui na frente do estande, a gente que a gente está, tem o Optimist, que foi o meu barco escola, e o Dinho, que é um outro barco escola.
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Speaker 2
Já para adultos, adultos também podem começar a velejar, aprender necessita ser um esporte. Tem que iniciar com uma ginástica, começar como criança. O importante é ter o bom, uma boa instrução para respeitar sempre a natureza, que é a natureza, Muito mais forte que a gente.
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Speaker 2
Recomendo não só visualizar, deslumbrar uma carreira olímpica, mas ter a experiência da vela, que com certeza é um esporte além da paz de espírito que te dá relatividade, diversos outros valores também.
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Speaker 1
E a própria competição é algo que, como tudo que é aqui que pode, que pode ter de sucesso, tem que ter regra, né? Então essas regras elas são. Existe uma juri? Existe algo que inclusive eu espero que todos possam acompanhar aí as Olimpíadas e vão ver aqui e lá aquelas seleções que são feitas inclusive no aspecto que às vezes você acha que venceu, mas quando vem vem a Julia e te classifica.
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Speaker 2
E a vela, pra quem não sabe, tem um livro de regras, um código de trânsito na água. Então, assim como uma coisa de fórmula, ontem acontece penalidade durante, você tem que fazer um pit stop pra pagar um pênalti, alguma coisa a vela tem as suas regras também, porque é muito cruzamento. Alguém sempre tem a prioridade em certo momento e dependendo da interpretação da forma que aconteceu, um juiz pode interpretar de uma maneira ou de outra.
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Speaker 2
Então até nisso um atleta, um velejador, tem que saber jogar o jogo das regras. Muitas vezes tu ganha de outros atletas da competição apenas sabendo jogar as regras de uma maneira mais intensa e na ponta do lápis.
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Speaker 1
Você tem uma categoria que você compete e isso correto.
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Speaker 2
O programa olímpico, que é onde um atleta de rendimento de vela faz, que é um programa que a gente fala olímpico. Depois tem um programa offshore, que são as regatas longas. Volta ao Mundo a America’s Cup, outro tipo de regata. Mas na vela olímpica tem algumas categorias que são as olímpicas, assim como ajudou por peso no atletismo e por modalidade de prova de 100 200 metros.
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Speaker 2
A vela tem tipos de barco diferente e tem barcos que é pra um tripulante masculino e feminino, que é o meu caso. É a categoria laser, que é a famosa categoria que o Robert há de velejar muito tempo depois. Tem categoria em dupla de catamarã que é o Lacra. Depois tem a categoria mista com duas velas, que é o 470.
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Speaker 2
Tem o kitesurf, que é uma nova modalidade. Foi o tem a prancha. A vela foil então tem diversas categorias que cada categoria tem o seu investimento diferente e tem o seu perfil adequado. Então, velejadores mais baixos, mais leves, mais pesados, mais altos vão se encaixando com a sua habilidade em certas categorias. Então, o programa olímpico eu fui dessa maneira.
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Speaker 2
E além do programa olímpico, se você não for praticante de vela olímpica, que é apenas ir a velejar, tem uma infinidade de modalidades tipo de barco que de novo, desde o seu valor, vai caber no seu bolso ou no seu perfil para você velejar com o seu filho, com a sua esposa, com a sua família ou para velejar sozinho.
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Speaker 1
Para você chegar nesse ponto tem que ter um funil, porque não basta a pessoa chegar lá, só ter condição financeira ou ter. Ele tem que ter a questão, o apoio financeiro, claro, porque isso daqui eu acho que tem que ter um certo, uma certa dedicação e treinamento, mas também você tem que ter habilidade, então deve ter um funil.
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Speaker 1
Como é que faz? Como é que é feito isso para você chegar até esse ponto de poder representar um país numa competição olímpica?
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Speaker 2
Esse funil ele começa desde a base. Então a base é normalmente um medalhista olímpico, um velejador olímpico. Ele é quase que obrigatório ter começado como criança para chegar nessa, nessa finesse, nesse detalhe, nessa habilidade extrema de chegar a uma medalha olímpica. Porque é tão especialista no esporte? Ele normalmente se começa como criança. Então, para se ter um campeão nacional no campeonato de Optimist de crianças, normalmente são 150, 200 participantes do Brasil inteiro.
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Speaker 2
Então são os campeões municipais, campeões estaduais que vão se confrontar no campeonato nacional. E vai sair o pódio um, dois, três, quatro, cinco. Desse pódio. Vamos campeonatos sul americanos dos países que vão ter no final entre 15 países da América do Sul, que vai para o campeonato mundial. Então esse funil ele vai acontecendo naturalmente. Assim como qualquer outra profissão.
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Speaker 2
E esse funil, quanto mais tempo é a prática, mais evoluído vai e mais estreito vai chegar. Então, pra representar o Brasil é o funil. É o mais estreito possível, porque ou por categoria. Então, na categoria que eu vou pra Olimpíada agora de Paris, sou eu representante em outra categoria e o outro representante, então ele funil. Ele é muito estreito e ele vai cada vez mais estreitando a partir do nível de competição que você vai representando, ou seu clube ou seu estado, ou seu país.
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Speaker 2
E no caso hoje, eu tenho orgulho em dizer que eu já estou nesse funil mais fino, que eu vou para mais uma Olimpíada. Eu participei de Pequim, Londres, depois eu fui mais duas na função de técnico da China e de Trinidad e Tobago. E hoje, aos 44, eu consegui ter essa capacidade de voltar a competir. Então eu estou muito contente porque é um feito único ter ido como atleta, como coach e voltar a ser atleta, representar o Brasil é algo que está no meu sangue.
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Speaker 2
Então estou muito contente em fazer esse feito aí. Agora vou lutar por uma medalha.
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Speaker 1
Bruno, essa entrevista para nós é algo que não tem preço, não tem valor, mas é para chegar nesse ponto. As pessoas que conquistamos estão nos assistindo. Essas pessoas precisa ter uma noção que não é aquela questão que você vai velejar só de 15 em 15 dias você vai ver E já o final de semana, que é aquela, aquela atividade de lazer, a tua é profissional?
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Speaker 1
Como é que é o ritmo do seu treinamento? Como é que é isso? É uma vez por semana, uma vez por mês. Como é que é?
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Speaker 2
Eu gosto sempre de de maneira simples e fazer as analogias mar para um cara ser um vendedor, um advogado, um médico de alta performance, de entregar, é uma dedicação completa. Não tem descanso, não tem feriado. É lógico que dentro de um planejamento a gente vai fazendo, mas 5 a 6 dias na semana, dois turnos. Eu estou no físico, estou no técnico, que é na água e sempre olhando o calendário, que é o esporte, o corpo humano.
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Speaker 2
Ele necessita de picos de performance. A gente não consegue entregar o nosso 100% durante o ano inteiro, Então o importante é tu fazer esse planejamento ondulatório para ter picos de performance, aonde você tem que performar na tua seletiva nacional, no teu campeonato mundial e nesse momento, agora na Olimpíada. Então, agora eu estou mais uma vez no trabalho, um pouco de base para preparar a musculatura, minha parte cardiovascular, minhas técnicas para ir fazendo uma transição para mais, para a parte técnica, para estar bem competitivo na água e daqui a 80 dias eu chegar bem preparado em Paris e representar o Brasil bem, sonhando com essa medalha e voltar ao Brasil com uma medalha.
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Speaker 1
Nós estamos aqui a bordo de uma lancha que é o Mar chefe, que é um barco recém lançado, que é a V 44. É um barco que já nasceu vitorioso, com mais um vitorioso aqui a bordo. Mas a relação, porque as pessoas precisam entender um pouco. Ele fala Pô, velejador numa lancha, o que é isso? Me explica um pouco porque o que é chefe e qual a relação da chefia com com o Bruno Fontes.
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Speaker 2
A chefe. Ela é um grande patrocinador e mais do que isso, é ela que eu vi ela crescer. Porque o Márcio chefe, aquele que é o fundador desenhista dessas máquinas aqui, ele eu conheci com ele quando eu era muito pequeno e nesse momento ele estava começando a empresa e ele, para quem não sabe, ele era em vez das lanchas, ele era dos veleiros.
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Speaker 2
Ele chegou a desenhar alguns barcos e eu competir com ele e ele como meu comandante num veleiro, num chefe 31 se eu não me engano, isso em 1992. Alguma coisa assim com 93 e dali em diante a chefe e ele migrou e se especializou nas lanchas. E hoje, no encerramento dessa minha carreira, no auge da empresa dele, ele está me apoiando.
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Speaker 2
Então eu estou muito feliz de ter a chefe como parceiro nesse encerramento da minha carreira e devo muito ao Márcio para porque uma campanha olímpica é uma campanha muito cara. Não é? Então, não é só o fato de eu ir participar, é o fato de comprar suplementação, de comprar um material, de pagar um treinador, pagar um fisioterapeuta, um psicólogo e uma necessidades que tem que ser feitas, têm que ser preenchidas para que eu consiga performar no meu maior, no meu maior rendimento e assim entregar e vencer outros adversários que eu.
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Speaker 2
Não adianta só estar bem, eu tenho que vencer outros atletas no esporte e isso muitas vezes tu está se sentindo muito bem, não está preparado, mas por mais preparado que tu esteja, alguém pode ir melhor do que tu. E aí tem que entender esse momento feliz de ter pessoas que acreditam no meu trabalho me empurrando para frente.
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Speaker 1
E isso que se acabou de dizer, isso vem de encontro com o próprio nome que nós atribuímos ao canal, que é o mar de amigos. Porque como você falou, não é algo de uma pessoa só, como a gente possa contemplar o que a gente tem de mais maravilhoso, que é a parte da natureza, a parte náutica para estar bem com a gente mesmo.
00;16;14;52 – 00;16;35;35
Speaker 1
Então, chefe, quando você falou de velejar com ele, que a gente conhece um pouco da história do mar, a gente sabe que realmente aqui não tem bairrismo, aqui não tem bairrismo, aqui não é um mundo só de lanceiro, aqui não é um mundo só de velejador. Aqui é um mundo que é para que nós possamos ser felizes.
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Speaker 2
O mundo da comunidade náutica. Então, quanto maior a comunidade náutica, maior as oportunidades que a gente tem. Mais marinas, mais acesso ao mar, mais oportunidade de formar mão de obra para atender essas máquinas, essas lanchas e as pessoas, ter grandes experiências no mercado náutico. A gente tem muito a crescer. É que a gente tem essa comunidade mais do que ser velejador ou lanceiro.
00;17;00;15 – 00;17;17;13
Speaker 2
E essa comunidade cresça e leve as pessoas ao mar. A gente tem um litoral enorme, então quanto mais amigos nessa comunidade. Bem vindo e parabéns pelo blog, pelo canal e por estar apresentando para o mundo a nossa, a nossa história que eu adoro no Brasil.
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Speaker 1
Bruno, quero te agradecer demais, porque eu sei que você aqui está sendo muito concorrido aqui com algumas entrevistas aqui já deve estar até cansado, mas eu vou, vou te liberar, tá? Mas a gente sempre usa sempre um slogan que tudo isso é feito para que se navegue mais por. Porque navegar é saudável, navegar é preciso.
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Speaker 2
Vamos navegar Bons ventos a todo mundo. Obrigado pelo espaço.
00;17;46;48 – 00;17;53;58
Speaker 1
Obrigado você E olha, estamos torcendo por uma nação torcendo por você, ok?
00;17;54;03 – 00;17;54;26
Speaker 2
Valeu!
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